Por: Pablo Pípolos
A distribuição é uma etapa da cadeia logística e engloba desde as características necessárias das instalações de armazenagem (porta paletes, flow rack, estanteria etc…), layout dos locais de distribuição bem como cuidados nas atividades de recebimento e localização dos itens (endereçamento).
Com a chegada da pandemia do covid-19 a necessidade de medicamentos e de produtos para o combate ao vírus se tornou cada vez maior e o lead time (tempo de atendimento até entrega aos clientes) se tornou cada vez menor, desta forma o controle de estoque e armazenagem, assim como a aceleração das atividades na operação de um centro de distribuição se tornou extremamente importante nos dias de hoje, com isso a automatização destas operações é um caminho sem volta dentro do atendimento da cadeia de suprimentos.
Atualmente o advento da tecnologia disponível para a automatização de todos os processos acima citados se tornou fundamental que as empresas estabeleçam e monitorem critérios (indicadores de desempenho e produtividade) importantes para o atendimento dos clientes.
Existem dois tipos de sistema para realizar um atendimento satisfatório ou de excelência para o cliente, um ERP (Enterprise Resource Planning – Sistema de Gestão Integrada), com o atendimento na distribuição ocorrendo por meio de guias de separação manuais (papel impresso) e as conferências de recebimento e carregamento através da utilização de guias cegas para garantir a assertividade da operação, e o WMS (Warehouse Management System – Sistema de Gerenciamento de Armazém), que trabalha integrado ao ERP e possibilita um controle maior de armazéns através da sincronia de dados coletados e imputados no sistema através da automatização por meio de coletores de rádio frequência, podendo ser desde os convencionais que utilizam etiquetas com códigos de barras, até os RFID (Radio Frequency Identification – Identificação por Radiofrequência) – método de identificação automática através de sinais de rádio que usam um modelo de etiqueta especial capaz de aumentar em grande escala a produtividade da operação, garantindo níveis mais altos de segurança e o melhor de tudo, com as ações sendo executadas no sistema em tempo real, sem necessidade de ter que inserir as informações no sistema após a atividade finalizada como no caso do ERP.
Lembra dos indicadores de desempenho citados anteriormente? Pois é, com a operação ocorrendo em tempo real fica mais fácil realizar o acompanhamento por usuário, determinar metas de atendimento em todas as fases do processo, identificação e redução de erros, prevenção de perdas com a gestão de shellf life (controle de lote e validade), acuracidade de inventário mais alta, atender uma quantidade maior de pedidos, é factível dizer, dentro dos estudos realizados, quando se implanta um WMS ganhamos em média três dias de faturamento (comparado com o ERP) ao final do 1º mês de operação, um ganho real somente com a implantação, e realizando os controles, parametrizações corretos e definindo os processos de forma clara pode se chegar até uma semana de ganho operacional.
Os sistemas ERP são muito utilizados pelas empresas na nossa região (Norte), porém não oferecem todos os níveis de controle e acompanhamento para a gestão de uma cadeia de suprimentos cada vez mais acirrada e competitiva que demandamos hoje, desta forma, buscar a implantação de um sistema de operação automatizada (WMS) se faz cada vez mais necessário para que, além dos ganhos acima citados, permitir a empresa um crescimento no seu nível de serviço, o aumento da capacidade de atendimento dos clientes atuais e a captação de novos clientes e produtos ao seu portfólio, gerenciando a cadeia de suprimento e a distribuição dos seus produtos de maneira correta, eficaz e lucrativa.
Por: Pablo Pípolos